segunda-feira, julho 06, 2015

Noite ímpar

noite impar

Pedaço de coisa pouca, nada de fruta, nada de acidez, apenas um rubi violáceo repousando na taça. E ela. Mais ela do que ele. Bem, ele a acompanhava ou ela fazia com que ele se tornasse melhor. Os dois? Porque não.

Duas ou três, talvez quatro taças depois e ainda estávamos lá, sentindo, pensando, querendo, entendendo. Eu e ela, ela e eu, nós e ele. A garrafa no fim não representava o que foi o dia, continuou pela noite e iria varar a madrugada. Eu e ela, ela e eu, nós. A garrafa não resistiria tanto tempo.

O lençol branco contrastando com a colcha, a cama arrumada sendo desarrumada por nossos corpos, o quarto antes intacto agora palco do nosso viver. As taças inertes, ainda com resquícios de um grande representante do mundo de Baco, um acompanhante honesto para nossos delírios. Uma noite impar, uma lua par, estrelas e só.

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