segunda-feira, agosto 11, 2014

Conto da superlua

contos da superlua

O amarelo do verde dos olhos daquele que um dia foi minha, hoje não mais exibe o mesmo frescor. Porque será que se apagou? Porque será que não perpetuou? O cinza da pele, o tom alaranjado dos tempos distantes, esse, permanece o mesmo. Ela remoçou. Refez os votos de dias felizes e agora sonha com nuvens de algodão enfeitando o quarto.

Enquanto pensava nas cores vi o brilho do luar ser ofuscado pelos raios de sol. O dia não vai ser o mesmo de outrora, mas quem se preocupa com isso. Ela sempre me sorria nas manhãs de Setembro, talvez por ser o mês de seu aniversário, talvez por ser a sua maneira de me dizer que estava inquieta. Tenho saudade daquele tempo. Tenho saudade do que nunca deveria ter terminado.

Dizem que o mundo dá voltas justamente porque não sabe andar em linha reta. Dizem tanta coisa que no fim de tudo já não fazem mais sonhos como antigamente. Hoje eles compram caro e vendem barato, pensam que tudo pode ser consertado e se esquecem dos dias nublados.

É fácil ser simples, é simples complicar, mas é difícil manter-se integro diante das tentações e dos olhares curiosos.

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