segunda-feira, março 10, 2014

Beijinho no ombro

beijinho no ombro

Música é algo que tenho dificuldade de definir uma vez que são tantos gêneros, artistas, modos e maneiras, não acho válido dizer que isso é música e aquilo não é. Qual o critério? Gosto?

Eu gosto de tanta coisa e não gosto de muita coisa também. Não me prendo a rótulos e muito menos ao mercado, aquele que dizem ditar o que é ou não de qualidade. Muitos artistas que há tempos atrás nos brindaram com belas obras, hoje fazem solenes porcarias, mas ninguém liga para isso porque o passado fala mais alto e o tal mercado se encarrega de tocar.

Quando uma letra é pobre, ela não deixa de ser pobre por ter sido composta por um grande compositor ou por ser um rock, um forró, um bolero ou MPB. Letras sem conteúdo são fracas. Algumas fazem sucesso por serem simplórias, acabam caindo no gosto popular e viram hits instantâneos.

Estranho é ver que as pessoas pensam que podem pegar uma música com letra pobre de conteúdo e transforma-la em outra canção apenas a interpretando de forma diferente. O que mais tenho visto estes dias são vídeos com covers da famosa Beijinho no ombro, interpretada como se fosse rock, blues, folk, forró e outros gêneros. Os comentários enaltecem a nova interpretação e dizem que ela salvou a canção, mas uma canção não se salva.

Beijinho no ombro é sucesso porque foi pensada para ser do jeito que é, por isso mesmo é copiada e serve de inspiração para tantos outros que através dos covers tentam pegar carona e provar a si mesmos que o problema da canção é o ritmo no qual ela é executada. Isso para mim é preconceito.

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