sexta-feira, janeiro 03, 2014

Show da virada

show da virada

Não entendo porque as pessoas sempre esperam que a sua virada, a passagem de um ano para o outro, seja o evento. Elas acham que tem que ter bateria de escola de samba, queima de fogos, ceia com mais de não sei quantos pratos e muita animação (Por animação leia-se um monte de bêbados com a barriga de fora, muita gritaria e tumulto). Aí quando você fala que a sua virada foi normal, que não teve nada demais, elas se decepcionam.

Eu detesto essa coisa de fogos, show pirotécnico dos infernos. Não tem nada tão desnecessário do que isso. É até bonito aquele monte de cores no céu, os desenhos e afins, mas é extremamente irritante aquele bando de idiotas soltando morteiros e outras “bombas” que só servem para fazer barulho.

O dia 31 de dezembro deveria ser um dia como outro qualquer, mas não, todos querem que esse dia seja quase que um marco de algo que não existe. Aí começam as superstições, as previsões e povo se enchendo de lentilha e uva verde. Não tenho nada contra a celebração, mas acho que não precisamos transformar as coisas em algo que todos são obrigados a fazer.

Gosto tanto de paz que acho que a melhor coisa a se fazer nessa época é ir para um lugar bem distante, longe de tudo e de todos, onde se possa ficar em silencio contemplando as estrelas e só. Nada de praias imundas com um monte de bêbados suados, nada de histeria coletiva, nada de banhos de espumante e muito menos de ser obrigado a ficar ouvindo música no último volume.

Que a paz que eu tenho ou a que eu procuro ter, nos outros trezentos e poucos dias do ano, materialize-se também no último dia do ano.

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