Ela amava a todos da mesma maneira, não tinha vergonha de admitir esse amor e muito menos de deixar bem claro para quem quisesse ouvir, que amar nunca foi pecado. Amar a todos sem distinção e com a mesma vontade, é algo que nos dias de hoje não é bem compreendido por grande parte das pessoas, que prefere acreditar cegamente no amor como sentimento monogâmico.
O amor que se tem por um não pode ser o mesmo que se tem por outro. A teoria implantada na mente de muitas pessoas é a de que o amor que se tem por um pai ou por uma mãe, é de um tipo. Quando se ama alguém, no sentido romântico, esse passa a ser outro tipo de amor, pois envolve uma série de outras circunstancias. Seguindo essa linha de raciocínio, cada pessoa ama e é amada de uma forma.
Felizmente ela não fazia esse tipo de separação, mas era incompreendida por todos a sua volta. Seu amor pelas pessoas era querê-las bem, vê-las felizes e em harmonia. Ela não separava o noivo do irmão e ambos de seus amigos e familiares, todos recebiam a mesma porção de afeto e carinho.
O fato de dormir com seu noivo ou de beijar-lhe a boca, nunca foi considerado por ela no momento em que amava outras pessoas, pois isso era apenas parte da relação e não algo que delimitava ou mudava a forma como ela amava.
Baseado em sua forma de distribuir amor, é que deveríamos viver, sem olhar a quem e nem fazer classificações de qualquer espécie. Não deveríamos nos importar com o sexo dos anjos, com o nome dos bois e sim com o ser humano, com a pessoa que está ali conosco. As pessoas querem ser tratadas com igualdade, mas não conseguem amar a todos por igual.
Porque o abraço é mais caloroso para uns e menos para outros? Porque o sentimento por uns é maior do que por outros? Porque fazemos distinções?
Talvez não sejamos nunca como ela, mas se conseguirmos amar com mais igualdade vamos melhorar e muito, nossa convivência uns com os outros.
