Incrível como mesmo não devendo, ainda me espanto com a capacidade das pessoas em “curtir” inutilidades achando que com isso estão fazendo algo em prol de alguma coisa. Mais da metade dos usuários das redes sociais que aderem a “causas” virtuais, nunca fez algo de relevante na vida. Essas pessoas que mudam a foto de perfil para apoiar as crianças contra a pedofilia nunca entraram em um orfanato, nunca fizeram uma doação que seja e nunca vão fazer nada de concreto contra nada. É claro que toda regra tem exceções.
Campanhas contra a corrupção, por exemplo, são as que mais aparecem, sejam em forma de selos, frases ou fotos de perfil, que são compartilhados. Mas alguém com certeza acredita que a faxina feita pela nossa presidente começou porque ela se preocupou com a quantidade de pessoas que estavam curtindo as tais campanhas e por isso, elas seguem se proliferando tal e qual chuchu na serra.
Os cachorros abandonados nunca receberam tanta atenção como agora e a Suipa, que cuida dos animais sem lar no Rio de janeiro, deve estar recebendo milhões em doações, ou pelo menos deveria. As mesmas pessoas que postam lindas fotos com textos emocionantes sobre os animais, são as que atravessam a rua quando vêem um vira lata ou que pagam fortunas por um cachorro com pedigree ao invés de adotar um animal abandonado.
No perfil eles são os tais, fora da internet são iguais a todos os outros que eles tanto criticam.
Não sou contra, muito pelo contrario, as pessoas participarem dessas manifestações virtuais, mas acho que elas poderiam também fazer alguma coisa de verdade e ajudar uma instituição real ou efetivamente transformar toda a indignação em uma ação que gere resultados.
Se comprometa virtualmente, mas faça também algo fora da tela do computador.
