Sempre falando o que quis você achou que assim estaria certa e eu, esse pobre coitado, errado. Que bom que você se enganou e nenhum de nós estava certo.
Que bom que não perdemos nosso tempo discutindo o sexo dos anjos como dois adolescentes a beira de um ataque de nervos. Você me poupou tempo precioso e eu lhe garanti condições de ainda manter a sanidade. Estamos perdidos.
Ainda que restem dúvidas a cerca do que somos, do que fomos e do que poderíamos ter sido, eu admiro a sua incrível capacidade de manter o foco. Por um instante você me enganou e confesso que estou tentado a lhe dar mais uma chance de se redimir.
Não penso como todos os outros que um dia foram pisados por você, prefiro me manter neutro enquanto as coisas acontecem e você pensa que venceu a batalha. Eu estou ferido, não morto.
Que tal lhe parece o novo brinquedo? Quanto tempo ele vai se manter integro? Enganá-lo será tão fácil quanto foi comigo? Perguntas e mais perguntas, todas sem resposta, até porque você não responde-las. Não para mim.
Fique bem em seu castelo, o meu escudo vai me proteger dos escombros. Quando você volta?