sexta-feira, julho 08, 2011

E foram todos felizes

e foram todos felizes

Meu cérebro definitivamente não se adaptou as doses do remédio que me foi prescrito. Fraco demais o remédio apenas me fez ver que meu cérebro precisa de coisas mais fortes para se conscientizar das coisas a sua volta.

O sono já começa a me fazer companhia e as aflições do dia a dia não mais apertam meu peito como antes. Ainda me pego divagando sobre os caminhos errados por onde andei ao longo do percurso, mas sei que os atalhos não teriam sido a melhor opção.

Essa luta interior que travo com meus sentimentos está ficando cada vez mais sangrenta e complicada. Nunca imaginei que precisaria recorrer às drogas licitas e agora cogito coisas mais fortes que me permitam uma fuga mais rápida, mesmo que eu saiba serem remotas as chances de recuperação.

Durante os dias sou compelido a reprimir e forçar o cérebro a permanecer em modo de espera. Abstraio pensamentos mais profundos e me concentro na superficialidade dos assuntos banais do cotidiano.

À noite meus medos vêem a tona sendo ferozmente combatidos com doses homeopáticas de frases de efeito e remédios de poder duvidoso. Meu cérebro resiste bravamente à tentação de se lançar ao abismo enquanto é invadido por um turbilhão de idéias perdidas.

Por fim todos estão felizes. Meu cérebro em sua luta permanente por equilíbrio, as teorias conspiratórias na sua tentativa de me desestabilizar e o mundo ao meu redor a me testar.

Fase zero – Estágio II

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