sábado, abril 09, 2011

Pietra

pietra

- Pedra, papel e tesoura.

- Papel e coca-cola. Papel para escrever e coca-cola para beber. O que mais?

- Tesoura para cortar o seu papel e um bom baseado para passar o tempo.

O que eu tinha de indefinição a Pietra tinha de certeza. Ela sabia que a terra sempre estaria a girar e que portanto a pressa era desnecessária. Ficávamos horas na beira da praia olhando o mar sem fazer mais nada.

Advogada das boas, Pietra nunca perdeu uma causa sequer. Só pegava as maiores roubadas, mas sempre se deu bem no seu oficio. Estava cansada da vida de tribunais, mas sabia que ainda tinha muitos anos de batente pela frente.

- A terra está parando de girar, preciso começar a acelerar.

- O que ta rolando, você nunca foi de se preocupar com o tempo?

- E nem vai ser agora que vou mudar, mas ele passa mesmo assim e não posso ver as coisas acontecerem e achar que tal e qual as ondas, tudo voltará como antes.

Mais uma alma perdida para os efeitos biológicos da mãe natureza, com trinta anos Pietra queria ser mãe e quando uma mulher chega nesse estágio da vida, não tem jeito. Ela agora ia começar a pensar em todas aquelas coisas que toda mulher pensa nesse estágio.

Sorte dela o Renato também estar na mesma sintonia e sorte do melequento que ia nascer por ter uma mãe tão boa gente como a Pietra.

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