sábado, abril 09, 2011

Inês

ines

Dizem ser morta a Inês, o velho ditado popular, que para mim, no fim das contas não faz nenhum sentido. Inês está vivinha da silva e está me esperando na boate para dançarmos um pouco.

Relaxar depois de uma sexta caótica e de um sábado intenso era a pedida para a noite. Ia dançar um pouco com a Inês sem compromisso e depois casa e cama. Não necessariamente sem ela.

- Siliconei gato.

- Perfeito, grandes na medida certa.

- Vê se estão durinhos...

Eu vi e estavam mesmo, um trabalho de mestre. Um dinheiro muito bem gasto.

Conhecia a Inês dos tempos em que ainda fumava e sempre filava o seu cigarro. Ela continua fumando e eu parei há tempos.

Inês sempre foi a mais “moderninha” da turma e nunca ficou se preocupando com bobagens e outras coisas do gênero, quando quis fez as coisas que quis e quando não quis também fez aquilo que quis. O fato é que Inês, contrariando o ditado, dificilmente vai para a cova tão fácil.

Dançamos a noite toda em ritmo alucinante e mesmo já conhecendo a agora peitudinha, sempre me impressionava com a sua disposição. Ela não parava nunca. Eu, pelo contrário, já estava nas últimas e senti que a hora de partir era aquela.

- Inês vou ao bar pegar alguma coisa. Você quer?

- Claro, trás um moreno sarado, mas não coloca adoçante que é coisa de viado e nem açúcar que se não ele pode ficar cheio de frescura...

- E para beber nada?

- Não, vai na fé gato. Mas volta que o DJ hoje está mandando. Possuídão modo ON.

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