segunda-feira, junho 21, 2010

Uma taça e meia

uma taca e meia

Uma taça e meia depois de acordar e antes de ir dormir, foi tudo o que me restou daquele grande amor. A garrafa estava vazia na cozinha e a massa jogada sobre a mesa era a prova dos restos de tudo o que passou.

O fim de tudo o que não tem duração eterna é tão tenro e saboroso, que sempre fico com aquele gosto de quero mais. Um gosto por vezes amargo, mas sempre um gosto de mais querer, um gosto que os momentos sejam repetidos e que possamos vivenciá-los mais uma vez com toda a intensidade.

E mais uma vez, uma taça e meia depois da meia noite e antes do nascer do sol, eu apenas me despedi de nós e segui em frente. Melancolicamente pensei que estava tudo bem comigo, mas na verdade dos fatos e na crueldade fria da realidade, eu sabia que não estava.

Sorvi a ultima gota e preciso de mais uma garrafa. Bebi de todo o seu néctar e preciso repor meus estoques. Hoje eu estou bem, mas essa abstinência vai passar.

Uma taça e meia depois.

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