sexta-feira, março 19, 2010

Uma festa

Algo bem casual, nada demais, estamos lá rodeados de pessoas estranhas em meio a um salão enorme aonde homens passeiam com seus copos de uísques e mulheres desfilam seus vestidos longos e cintilantes.

Você está linda em seu longo dourado e brilhante, por um pedido meu, está sem nada por baixo e isso me excita, você desfila esguia por entre as pessoas e conversa com desenvoltura com outras mulheres a cerca de assuntos banais. Fúteis como nunca, elas se preocupam com roupas de marca, jóias e perfumes importados. Os homens por sua vez, só falam de carros, investimentos e mulheres vulgares.

Um ou outro arrisca olhares para você, olhares estes que não são correspondidos, assim como algumas desavisadas me olham na esperança de uma retribuição, mas tudo em vão. Estamos ali, em cantos separados do salão, mas conectados em nossos pensamentos, sabemos o que queremos: que a festa acabe, para que possamos ficar a sós.

Alguém esbarra em você, sua bolsa cai e você se abaixa para pegá-la, de frente para você, vejo o seu decote e me encho de desejo, não dá mais para resistir. Caminho em sua direção a puxo pelo braço e você se assusta, mas fica em silêncio, lhe arrasto para o jardim e a encosto na grade que circunda a varanda.

Minha respiração, assim como a sua, está ofegante e nos beijamos sofregamente, nossas línguas se cruzam e travam um duelo em nossas bocas, fazendo um balé mágico e delirante. Nossos corpos se entrelaçam e eu percorro com minhas mãos as suas pernas, por dentro do seu vestido e por todo o seu corpo.

Um casal se aproxima, você se assusta e apenas nos abraçamos, eles nos olham meio que como se soubessem o que estava acontecendo ali e seguem o seu caminho. Você me puxa e me beija de novo, começamos novamente o nosso jogo e você abre o meu cinto e meu zíper. Levanto o seu vestido o máximo que posso e encontro o seu sexo, úmido, molhado, quente, pronto para mim. Você suspira e geme de desejo e prazer, acho que a possibilidade de sermos vistos, descobertos a qualquer momento, nos excita ainda mais e eu não resisto, lhe penetro com vontade.

O meu corpo e o seu se fundem em um só em ritmo descompassado e apressado, nos esquecemos de tudo e de todos e nos entregamos à paixão.

Exaustos, ficamos ali, apenas rindo um do outro e um para o outro, e a nossa noite enfadonha se torna maravilhosa, voltamos para a festa, para o salão e para todo aquele monte de gente chata e sem graça.
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